Pensadores Iluministas
Os filósofos iluministas contribuíram de maneiras diferentes e em diversas áreas do conhecimento.
Desde questões morais, religiosas e políticas até as de cunho econômico e filosófico, os ideais dos pensadores iluministas promoveram o processo de conscientização mundial.
As "luzes" do pensamento iluminista são uma resposta crítica às "trevas" do pensamento medieval, em que toda a produção de conhecimento estava subordinada ideia à religião, como forma de justificar a fé e o poder da Igreja.
Apesar das particularidades presentes no pensamento de cada um deles, as questões relacionadas à produção de um conhecimento independente, centrado na razão e distanciado da teologia proposta pela Igreja, é uma marca comum.
Voltaire (1694-1778)
Voltaire, pseudônimo de François-Marie Arouet, foi um filósofo francês que nasceu em Paris. Suas críticas à nobreza resultaram em várias situações de prisão e exílio.
Principais Ideias
Voltaire defendia a ideia de uma monarquia centralizada, cujo monarca deveria ser culto e assessorado por filósofos.
Foi um crítico severo das instituições religiosas, bem como dos hábitos feudais que ainda vigoravam na Europa. Afirmava que apenas aqueles dotados de razão e liberdade poderiam conhecer as vontades e desígnios divinos.
Todos os que se disseram filhos de deuses foram os pais da impostura. Serviram-se da mentira para ensinar verdades, eram indignos de a ensinar, não eram filósofos, eram, quando muito, mentirosos cheios de prudência.
Principais Obras
A principal obra de Voltaire, "Cartas Inglesas ou Cartas Filosóficas", foi um conjunto de cartas acerca dos costumes ingleses, os quais comparava aos do atraso da França absolutista.
Apesar disso, era contra qualquer revolução, pois acreditava que os monarcas seriam capazes de se orientar racionalmente para cumprir o seu papel.
John Locke (1632-1704)
John Locke era Inglês. Foi o expoente do empirismo britânico e um dos maiores teóricos do contrato social.
Principais Ideias
John Locke afirmava que a mente era como uma "tabula rasa". Rejeitava qualquer concepção embasada no argumento das "ideias inatas", uma vez que todas as nossas ideias possuíam início e fim nos sentidos do corpo.
O homem nasce como uma folha em branco, destituído de caracteres ou ideias.
Locke combatia a ideia de que Deus decidia o destino dos homens e alegava que a sociedade corrompia os desígnios divinos ou o triunfo do bem.
Suas ideias auxiliaram na derrubada do absolutismo inglês.
Principais Obras
Uma das suas obras principais, “Dois Tratados Sobre o Governo Civil”, trata sobre o absolutismo.
Dentre outras obras, escreveu “Cartas Sobre a Tolerância” e “Ensaios sobre o Entendimento Humano”.
Jean-Jacques Rousseau (1712-1778)
Jean-Jacques Rousseau foi um filósofo suíço que lançou as bases para o Romantismo europeu.
Principais Ideias
Rousseau era a favor do “contrato social”, forma de promover a justiça social que dá nome a sua principal obra.
Apregoava que a propriedade privada gerava a desigualdade entre os homens. Segundo ele, os homens teriam sido corrompidos pela sociedade quando a soberania popular tinha acabado.
O homem nasceu livre, e em toda parte se encontra acorrentado.
Principais Obras
"O Contrato Social" é a sua obra de maior destaque de Rousseau. Em "Émile", outra obra de grande importância, Rousseau trata da educação afirmando que ela deve ser base da reconstrução da humanidade.
Montesquieu (1689-1755)
Montesquieu, Charles-Louis de Secondat, ficou conhecido como Barão de La Brède e de Montesquieu.
Famoso jurista e filósofo francês que se destacou nas áreas da filosofia da história e do direito constitucional, Montesquieu foi um dos criadores da filosofia da história.
Principais Ideias
Montesquieu criticou de forma sistemática o autoritarismo político, bem como as tradições das instituições europeias, especialmente da monarquia inglesa.
Não há mais cruel tirania do que aquela que exerce à sombra das leis e com as cores da justiça.
Principais Obras
Na sua principal obra, “O Espírito das Leis”, Montesquieu defende a separação dos três poderes do Estado em Legislativo, Executivo e Judiciário. Acreditava que essa fosse uma maneira de manter os direitos individuais.
Sua obra foi inspiração para a "Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão" (1789), para a Revolução Francesa e para a Constituição dos Estados Unidos (1787).
Antes de "O Espírito das Leis", ele escreveu "Cartas Persas".
Denis Diderot (1713-1784)
Denis Diderot foi um filósofo e tradutor francês que nasceu em Langres. A primeira obra em que se destacou rendeu-lhe a prisão.
Principais Ideias
Diderot criticava o absolutismo e defendia a ideia de que a política era responsável por eliminar as diferenças existentes nas sociedades.
Ter escravos não é nada, mas o que se torna intolerável é ter escravos chamando-lhes cidadãos.
Principais Obras
A sua primeira grande obra foi "Cartas Sobre os Cegos Para Uso Por Aqueles Que Veem".
Foi responsável por elaborar, em parceria com D'Alembert, a famosa "Enciclopédia" ou "Dicionário racional das ciências, das artes e dos ofícios".
Composta por 33 volumes, a obra reúne os principais conhecimentos acumulados pela humanidade naquela época.
Foi editada pela primeira vez na França (1751 e 1772), onde se difundiu para se tornar a principal propaganda iluminista. Por este motivo, os iluministas são conhecidos como "enciclopedistas".
Fonte: https://www.todamateria.com.br/filosofos-iluministas/
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